domingo, 24 de outubro de 2010

Do outro lado da ponte

Adriano de Carvalho

Nas primeiras duas vezes que fui na Brás, sempre percebi um lugar que me chamava a atenção. Não só pela distância que ficava da Av. Leopoldo Wasun, mas também pelo caminho tortuoso que deveríamos enfrentar para lá, enfim, chegar.

O Luan Iglesias e a fotógrafa Fabiana Eleonora, meus gloriosos companheiros em busca de histórias na Brás, toparam na hora quando sugeri que fôssemos até a estação de tratamento de esgotos da vila. Para chegar lá, enfrentamos pontes improvisadas e barrancos não lá muito simpáticos com a nossa equipe. O tempo, ao menos, era bom. O que tornou nossa jornada por aquele local algo um pouco menos tortuoso.

Entretanto, o que nos motivava era a sensação de explorar algo distante, que ficava longe dos tradicionais pontos da Brás.

Quando chegamos no local, percebi a importância do trabalho que era realizado ali. A estação recebe detritos provenientes não só de São Leopoldo, como também de Novo Hamburgo. Não é pouca coisa.
O bombeiro Agmar Vargas trabalha durante todos os dias da semana lá. E controla tudo sozinho. Ele nos mostrou toda a estrutura da estação e nos contou que até já encontrou um sofá inteiro nos filtros do canal de esgoto.

Sem dúvidas, é um esforço admirável. De alguém que luta incansavelmente contra a poluição.

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