Na segunda ida a La Brás, fui acompanhada da fotógrafa Thayná Cândido, e mais empolgadinha em pautar matérias naquele sábado tão passionnant!
Ao descer e percorrer algumas quadras na comunidade, meus olhos vidraram em uma senhora de cabelos longos grisalhos que trajava tailleur pink e pregava como douta no culto pentecostal.
Parei na porta seduzida por aquela voz segura e pensei: - Só pode ser pastora!
Pude conhecer de perto a tal senhora, portadora de um nome tão forte quanto sua personalidade. Leocádia Hasper na plenitude dos seus 61 anos hormonalmente pró-ativos.
A líder espiritual irradiava tanta atitude para as pregadoras do “Círculo Feminino de Oração Lírios do Vale” que fiquei hipnotizada.
Enquanto a fotógrafa clicava os momentos do culto, outro vozeirão chamou minha atenção: o da cantora gospel Solange, assim como a clara locução das preces de Clair me fizeram imaginar os “Lírios” como “vereadoras, delegadas de polícia, teólogas ou filósofas”.
Naquele instante percebí a neofeminilidade impregnada no discurso pentecostal e em transe “Beauvoireano”, revisitei conceitos e generalizações semióticos que vão muito além das escrituras, comprimento das saias e coques de cabelo.
Au revoir à toutes lês femmes!
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