sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Noites mal dormidas por uma boa causa

Rodrigo Rodrigues

E lá se foram três noites mal dormidas, por ter de acordar cedo demais, para, em três manhãs, desempenhar em uma comunidade desconhecida o papel de repórter: apurar um fato, redigir tal em tantos poucos caracteres e editar para que fique pronto para impressão.

Eis a Vila Brás, o lugar antes não conhecido, que em um trio de sábados foi devidamente percorrido, da rua principal às pequenas ruas. Primeiro, uma matéria sobre o transporte público que atende a população da vila. Depois, a denúncia de morador sobre os vizinhos que abusam do volume do ‘micro system’ madrugada adentro. E por fim, a sugestão do leitor, que reclamou da falta que faz um local para pagar as contas de energia elétrica, água, etc, dentro da Brás.

Além disso, as observações nas caminhadas. O movimento na Leopoldo Wasun, muito em função do comércio, o mundo de crianças que tomam conta das ruas adjacentes a ela, as rodas de chimarrão em inúmeras casas dessas adjacências. Fora o acompanhamento das pautas de colegas, observando o que as fontes tinham para falar, o que, provavelmente, não é possível transcrever nas páginas do Enfoque Vila Brás, pela quantidade de informações. Como por exemplo, o depoimento de uma criança relatando o desencanto que é para ela ver a praça mal conservada, com brinquedos danificados e pichações de gangues por todo lado. Um fato a lamentar.

O que fica de aprendizado das idas até a Brás é que por mais que pareça impossível encontrar pauta depois de tantas edições impressas do jornal, isso não corresponde à realidade. Existe assunto, e encontrando um, logo vem outro acoplado, pronto para ser apurado. Apesar das noites pouco dormidas, ficou a lição.

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